segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cólera mata mais de 200 e chega à capital do Haiti

No dia 12 de Janeiro de 2010, um terremoto de 7 graus na escala de Richter atingiu o Haiti libertando energia equivalente a 30 bombas nucleares como a que matou cerca de 242 mil pessoas na cidade japonesa de Hiroshima, em 1945.
A energia libertada do sismo, que durou pouco mais de um minuto, concentrou-se a oito km`s de profundidade e a 15 km`s da capital, Porto Príncipe. O terramoto principal foi seguido de dezenas de outros. Desde a tarde do dia 12 de Janeiro, foram registados pelos menos mais 45 abalos de menor intensidade. Os tremores são causados por causa de uma falha geológica conhecida como Enriquillo-Plaintain, que corta o sul do Haiti.
Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram os moradores sob os escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. O tremor deixou cerca de 1,5 milhão de pessoas sem tecto e matou cerca de 250 mil. Grande parte da população vive, até hoje, em acampamentos sem saneamento básico e com acesso limitado a água potável.
Não é de admirar que a juntar a esta catástrofe natural se verifique uma nova que está a emergir. De acordo com  A ONU foram detectados, recentemente,  os cinco primeiros casos de cólera na capital do Haiti, Porto Príncipe. As vítimas teriam sido levadas ao hospital depois de adoecer em Artibonite, ao norte da capital.
Mais de 200 pessoas já morreram na região e 2.674 pessoas estão sob suspeita de infecção. As mortes concentram-se nas regiões de Artibonite e Plateau Central, ao norte da capital. Na primeira, as autoridades já confirmaram a morte de 194 pessoas, além de outras 14, na última.
As localidades mais atingidas são Douin, Marchand Dessalines e arredores de Saint-Marc, a cerca de 100 km`s de Porto Príncipe. No entanto, vários casos foram registrados na cidade de Gonaives e em vilarejos próximos à capital, entre eles Archaei, Limbe e Mirebalais.
Os cinco pacientes em Porto Príncipe estão sob isolamento já que as autoridades temem que o número de mortos possa multiplicar-se dramaticamente, caso a doença chegue aos acampamentos improvisados para a população após o terremoto de Janeiro.
O risco da cólera atingir os milhares de desalojados no centro da cidade de Porto Príncipe é iminente podendo contribuir para o agudizar da situação extremamente precária que já se vive.  A cólera  provoca febre alta, diarreia, vômitos e desidratação podendo levar rapidamente à morte. As autoridades humanitárias estão a tomar todas as providências para que o cólera não ultrapasse os limites do foco original tentanto evitar mais uma catástrofe humanitária.

Notícia elaborada pelos alunos do 9º B nas aulas de Geografia

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